segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A Bruxaria Hoje



A Bruxaria Moderna
Por Bruno Matsushita


A Wicca hoje é completamente liberal e repleta de espontaneidade e alegria – embora
ainda haja alguns grupos de bruxos que creem que esse conhecimento deva ser privilégio de poucos (e de preferência, deles!).

Algumas pessoas acreditam que a Wicca perdeu seu poder e valor por ser tão difundida na mídia. Mas a verdade é que a Wicca nunca esteve tão acessível como nos dias de hoje, o que tem seu lado bom e seu lado ruim, pois ao mesmo tempo em que livros, informações e materiais ficam mais fáceis de serem encontrados, a Wicca passou a atrair muita gente interessada em apenas “ser diferente” e depois que a moda passa essas pessoas caem fora – tão ou mais rapidamente quanto entraram.

É interessante dizer aqui que essas pessoas não ficarão no caminho. Todos nós passamos por fases diversas e cada fase nos ensina algo importante para nosso crescimento. Com toda a certeza, a Wicca tem muito a ensinar a toda essa gente. Como alguns autores costumam dizer, não importa o motivo que fizeram essas pessoas entrar no caminho, o importante é que se está nele, pois é um caminho de auto-conhecimento e amor.

Basicamente, a Wicca de hoje é dividida entre filosofia e religião, divisão essa que aconteceu na Idade Média, durante a Inquisição, período em que as bruxas foram severamente perseguidas pelo clero.

Vivíamos tempos muito sombrios quando os inquisidores caminhavam sobre a face da Terra, caçando bruxas e seus animais de estimação. Naquela época, a Bruxaria não tinha uma definição exata por parte da Igreja e qualquer comportamento tido como estranho ou pouco comum era motivo para alguém ir direto para a fogueira e virar churrasquinho (eles tinham um gosto para diversão duvidoso... Tsi, tsi, tsi). Uma rixa de vizinhas, uma mulher que saía à noite, alguém que possuísse algum gato preto ou que simplesmente acreditasse em fadas ou qualquer outro pensamento dedicado ao oculto era taxado como bruxo ou feiticeiro. As pessoas encantadas, que executavam seus ritos mágicos, tiveram que escolher entre duas opções quando se viram encurralados pela nova fé:

1. Se convertiam ao Cristianismo, alterando o nome de suas divindades, mas ainda assim seguindo os princípios de sua religião anterior, o Paganismo, ou;

2. Continuavam praticando seus rituais na calada da noite, honrando os seus deuses e correndo o risco de virar churrasquinho.

As pessoas que optaram por se converter, mesmo seguindo os princípios do Paganismo, passaram a seguir uma espécie de filosofia, um estilo de vida voltado mais para o cuidado como planeta e seus seres vivos, originando a Wicca como uma filosofia de vida. Os que optaram por continuarem praticando seus rituais pagãos e seguir seus instintos, respeitando seus desejos,deram origem à Wicca como religião, uma arte com princípios, dogmas organizados e uma ética.

O que não se pode dizer é que a Wicca é uma seita, pois enquanto religião, ela é organizada. A Wicca tem fundamentos que são facilmente reconhecidos por seus diversos seguidores (seja na filosofia ou na prática religiosa), como por exemplo ao traçarmos um círculo mágico. Há muitas formas de fazê-lo, mas todas são reconhecidas pelos praticantes da Wicca, uma vez que há um consenso geral sobre os elementos utilizados e estrutura básica. Independentemente da localidade ou da tradição, um wiccaniano reconhece a estrutura de um ritual wiccaniano; por isso, não se pode dizer que a Wicca é uma seita.

Há muitas outras coisas a serem ditas sobre a Bruxaria Wicca, mas seria pretensioso demais tentar passar tudo em algumas postagem, aos poucos irei colocando materiais no blog e assim vamos ampliando nossa carga de conhecimento...

Mas se você quer aprender a praticar Magia de forma séria, segura e com pessoas responsáveis, você pode participar do grupo que coordeno, o Grupo dos Quatro Ventos. Para saber mais, é só escrever para um dos e-mails abaixo:

brunomatsushita@yahoo.com.br
avozdabruxaria@yahoo.com.br


Texto publicado originalmente no periódico A Voz da Bruxaria, ed. 01, outubro de 2008. Revisado e expandido pelo autor em janeiro de 2010.

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