Só conheço dos caminhos,
os mesmos que aprendi quando menina.
Num, o coração se abre verdadeiro
desmanchado em mágoas,
lágrimas e tristezas de amor.
Noutro, sobreviver é imperativo
e a noiva alimenta a vida.
A primeira alternativa
me descobre vulnerável e nua,
me mata.
A segunda me consome
a doçura e o prazer,
morro.
E como, até hoje, me deparo
na mesma encruzilhada,
escolho a vida.
(Margarida, publicado em Ame e Dê Vexame, de Roberto Freire)
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