A Deusa e o Deus

A DEUSA E O DEUS NA BRUXARIA WICCA

Por Bruno Matsushita

Na teologia wiccaniana, acreditamos numa Força Primordial que criou todas as coisas em todos os planos existenciais e que assume dois aspectos: o masculino (Deus) e o feminino (Deusa). Essa polarização se dá para que a Força Primordial possa criar e polarizar suas criações.

Com tantos anos de negligência, acabamos perdendo esse contato com a manifestação mais pura da divindade, a Wicca busca resgatar esse elo através da adoração da Deusa e do Deus. A divindade não se importa com convenções que estabelecemos em nossa sociedade (como sexo, nome e aparência), pois ela está muito além disso. Todas as deusas são manifestações da Deusa, todos os deuses são manifestações do Deus. E a totalidade da Deusa e do Deus é a divindade, energia primordial que criou todas as coisas.

A DEUSA

É a mãe universal, nós a vemos na Lua, nas flores, nos animais e em tudo o que é vivo, pois tudo foi criado por Ela. A Deusa, baseando-se nos ciclos lunares, assume três aspectos: Donzela, é a inocência, a Lua crescente, a virgem; Mãe, a criadora e mantenedora da vida, a fertilidade, a Lua cheia; e a Anciã, a velha sábia, conhecedora dos mistérios da Magia e as Luas minguante e nova.

O DEUS

É o pai universal, nós o vemos no Sol, nos animais, na natureza e em tudo o que é vivo, pois tudo foi criado por Ele. O Deus também assume três aspectos: Encapuzado, deus da colheita, inocência e o virgem; Cornífero, fertilidade, o pai gerador e mantenedor da vida; e o Ancião, o velho sábio, conhecedor da Magia e dos segredos dos animais.

Uma vez que fomos criados pela divindade (que é a totalidade da Deusa e do Deus), somos manifestações dela, temos a centelha divina dentro de nós, então, também somos a divindade – mesmo que num plano microscópico. E é isso que nos torna bruxos, conhecedores dos mistérios da Magia, apenas precisamos aperfeiçoar nossos dons e reconhecer nossa bruxa interior. Quando isso acontece, a Magia aflora em nossas vidas.

Para sermos bruxas, precisamos nos sentir uma! Senão de nada adiantará praticar rituais de dia e de noite, nunca nos tornaríamos uma se não nos sentíssemos como tal! É tudo uma questão de auto-conhecimento, caminho pelo qual tomamos nota de nosso poder interior e aprendemos a usá-lo da melhor maneira e para o bem comum.